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segunda-feira, 24 de março de 2014

Grafite e Stencil

Neste início de 2014 iniciei minhas aulas com o 1º Ano do Ensino Médio da Unidade do Objetivo de São Miguel Arcanjo falando sobre a técnica do estêncil.

Da Wikipédia:
Um estêncil (do inglês stencil) é uma técnica usada para aplicar um desenho ou ilustração que pode representar um númeroletrasímbolo tipográfico ou qualquer outra forma ou imagem figurativa ou abstrata, através da aplicação de tinta, aerossol ou não, através do corte ou perfuração em papel ou acetato. Resultando em uma prancha com o preenchimento do desenho vazado por onde passará a tinta. O estêncil obtido é usado para imprimir imagens sobre inúmeras superfícies, do cimento ao tecido de uma roupa.


Após falar um pouco sobre a técnica, explicando como fazer, passamos a fazer as mascaras individuais, cada aluno recebeu uma cartolina e produziu um esboço do contorno que gostaria de perfurar. O primeiro encontro de 50 minutos serviu para que cada um criasse sua mascara. Ficando combinado que no próximo encontro eles iriam trabalhar com a produção das imagens através de tinta spray. Assim foi feito o registro das atividades, já levando a puxar o assunto sobre grafite.




Assim cada aluno e aluna pode experimentar o manuseio do spray, perceber o direcionamento do tubo e assim ver a transformação e criação das imagens. Erros e tentativas fizeram com que esse encontro fosse um ponto de partida para a próxima etapa do projeto. Pois no próximo encontro foi passado um texto que falasse sobre a história do grafite, surgimento da técnica, alguns artistas e a apropriação do estencil por parte de artistas de rua. Assim chegamos a algumas importantes obras de nomes como Banksy e Vallauri.






Passando estas informações passei a proposta de um projeto que os alunos deveriam desenvolver: A partir de um tema que a turma escolhesse, eles se dividiriam em grupos e ficariam responsáveis por criar um painel de grafite que ocupasse um espaço da quadra da escola. O tema escolhido foi Esportes, assim organizaram-se em pequenos grupos, criaram os rascunhos dos painéis, pensando que imagens seriam mais representativas, fizeram as mascaras em tamanho grande e depois de uns três encontros fomos para a quadra.








Agora, para finalizar este projeto irei discutir todo o processo com a turma, ver os erros e acertos e demais questões que surgiram ao longo da criação. Também vou passar alguns trechos sobre a vida de Basquiat, pois ao inicio de abril iremos para o Centro Cultural Banco do Brasil (SP) visitar a Exposição Ludwig que contém imagens de Basquiat e outros artistas contemporâneos.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Arte e Tecnologia


O vídeo acima pode colaborar no processo de sensibilização para o início dos trabalhos junto aos alunos. Ali é possível discutir a questão dos autômatos, das interferências que um objeto pode causar sobre outro e o diálogo entre linguagens artísticas que é uma característica do tema Arte e Tecnologia.

01) Visitar Enciclopédia Arte e Tecnologia do Itaú Cultural
Pesquisar na Página Inicial da Enciclopédia algum dos ramos da Arte Tecnológica. Anotando seu conceito e o nome de alguns artistas expoentes deste ramo.

02) Faça anotações sobre os seguintes temas:

Arte como expressão – o único criador é o artista X Arte interativa – há participação do espectador

A máquina não substitui o homem X O homem está mais próximo da máquina

Utilização apenas do espaço real X Utilização do espaço virtual

Arte – contemplação X Arte – ação

Apresentar trecho do filme Tempos Modernos,

03) 2ª etapa: colagem - o todo e a parte
Toda imagem é composta de diversos elementos que, ao se agruparem, ganham novos significados. Alguns deles são signos conhecidos e fechados, outros apresentam simbologias de acordo com o meio e o receptor. Uma arma de fogo sozinha nunca vai representar leveza e carinho, por exemplo. Mas um horizonte de uma praia traz sempre ideias diferentes dependendo de quem vê. No entanto, ao unir diferentes elementos, transformamos o significado de cada parte, criando uma nova relação e uma nova mensagem.
O objetivo desta etapa é tentar re-significar os elementos presentes em diferentes imagens, recortando cada pedaço das figuras trazidas pelos alunos (você também deve providenciar outras fontes para aqueles que precisarem de mais formas). A ideia é que cada aluno construa uma nova imagem relacionada à sua personalidade, aos seus desejos e medos. O estudante poderá fazer a colagem dos elementos em um novo suporte ou em um fundo com outra imagem. Nesta fase, apresente técnicas de recorte com tesoura e estilete para garantir uma boa utilização das imagens. Se possível, crie um banco de elementos visuais que podem ser separados em pequenas caixas ou pastas para servirem de referência e de recurso gráfico.

04) digitalizando e manipulando
Nesta fase, cada aluno irá digitalizar a montagem de sua imagem. Eles deverão fotografá-las ou escaneá-las no computador.
Os assistentes do computador para este tipo de trabalho variam de acordo com suas configurações. Cabe a você explorar o software previamente a fim de se familiarizar com os procedimentos técnicos. De maneira geral, esses programas são bem simples e é possível descobrir muitas possibilidades explorando suas opções. O mais relevante é indicar como procedimento básico a resolução em que será fotografada ou escaneada a imagem. No caso de foto, o arquivo deve ter no mínimo 3 megabytes e no scanner, 300dpi.
Salve os arquivos em uma pasta do computador. Em seguida, os alunos deverão abri-los em um software de edição de imagem (pode ser comprado, mas há versões gratuitas na internet). Os estudantes poderão explorar as seguintes ferramentas:
1) Imagem. Todo software de edição digital possui em sua barra de ferramentas um item referente aos ajustes básicos. Aqui é possível explorar variações de contraste, brilho, cor, saturação, recursos de solarização e inversão de tonalidades. É um bom exercício de exploração, em que o aluno poderá estabelecer um contato direto com a estrutura da linguagem visual, exercitando sua própria poética.
2) Efeitos. Dependendo do software usado, o numero de efeitos disponíveis pode variar. Neste momento, é importante que o aluno reflita sobre a comunicação da mensagem da imagem. Explore principalmente as variações que cada efeito terá na linguagem visual, como profundidade, brilho, figura, fundo e equilíbrio.
Camadas. A grande maioria dos softwares de edição de imagem trabalha com o conceito de camadas (layers). É como imaginar diversas folhas de transparência em que cada uma está em uma parte do desenho, com uma cor ou um elemento. Sobrepostas elas constituem a imagem inteira. Ao vê-las separadamente, podemos manipular cada camada. Ao inserir algum novo recurso na imagem, você poderá abrir uma nova camada, assim será possível corrigir erros e terá mais liberdade na composição dos projetos.
Se você conhecer bem o software, use outros recursos. Experimente. Reserve um tempo longo para que cada aluno possa cometer erros que serão os caminhos de sua própria aprendizagem nas técnicas do software e ganhe assim confiança para explorar novos recursos.

05) imprimindo e interferindo
Depois da etapa de exploração dos recursos básicos do software, cada aluno deverá definir uma imagem a ser impressa. Se a escola tiver papéis com uma gramatura alta, as possibilidades de intervenção serão maiores. Este tipo de papel aguenta tinta e outros materiais a base de água. Mas é possível também utilizar papel sulfite.
Cada um deve imprimir uma ou mais cópias do seu arquivo e, a partir daí, pode realizar intervenções com canetas, papeis e outros materiais para elaborar a sua imagem. Neste momento, é importante organizar uma aula apenas para fruir os trabalhos em grupo, onde cada estudante devera relatar ao grupo seus caminhos, suas dificuldades e descobertas. Veja aqui algumas perguntas para inicia a conversa com a classe:
O que você quer dizer com esta imagem? 
O que utilizou para passar essa mensagem? 
Como uma cor ou uma forma podem passar uma mensagem? 
No que o computador pôde contribuir para sua composição? 
Como as outras ferramentas que você utilizou puderam contribuir?

06) finalizando os trabalhos
Nesta etapa do projeto, cada aluno devera digitalizar sua imagem novamente na maior resolução que o equipamento da escola suportar. Serão feitos ajustes necessários para a finalização das imagens. Há dois caminhos para encerrar o projeto:
1) Imprima o arquivo final em um papel de transparência especial para impressão. 
2) Vá para a 7ª etapa: avaliação.


07) projetando e ampliando
Esta etapa é uma possibilidade de interação lúdica e corporal com a imagem produzida, tendo um olhar diferenciado, com outra perspectiva para cada composição. Em uma sala parcialmente escurecida, use um retroprojetor para que cada aluno possa colocar sua transparência e visualizar sua imagem em outra dimensão. Os alunos podem sobrepor suas transparências, criando assim novas imagens que servirão de material para novas reflexões. O professor pode tirar fotos destas explorações ou também colocar um papel preso na parede em que esta sendo projetada a imagem. Assim podem ser criados trabalhos em grandes dimensões, desenhando os limites projetados pelo retroprojetor. O professor pode ainda ter um pequeno acervo de ícones e imagens em transparência para provocar intervenções e discussões sobre a construção e a composição da imagem contemporânea.